Pela segunda vez este ano, um filme da Disney foi proibido na China. Christopher Robin, um filme da família live-action/CGI que é estrelado por Ewan McGregor, foi rejeitado pelas autoridades cinematográficas do país.
Nenhuma razão foi dada para a negação, mas uma fonte disse ao THR que a culpa a repressão chinesa às imagens do personagem Winnie the Pooh, que tem um papel central em Christopher Robin. No verão passado, as autoridades começaram a bloquear fotos de Winnie the Pooh nas redes sociais, uma vez que o personagem se tornou um símbolo da resistência na China com os inimigos do Partido Comunista, o líder chinês Xi Jinping. Blogueiros têm feito comparações entre o urso rechonchudo e Xi, que colocou os censores do país em marcha em alerta. Em junho, as autoridades chinesas bloquearam a HBO depois que o apresentador da Last Week Tonight, John Oliver, zombou da sensibilidade de Xi por ser comparado ao Ursinho Pooh.
Mas uma fonte informa que a decisão provavelmente tem a ver com o tamanho e o alcance do filme, dada a cota de filmes estrangeiros e o fato de que há vários novos tentáculos de Hollywood no mercado chinês no momento.
A jogada provavelmente não prejudicará o filme nas bilheterias. Espera-se que Christopher Robin faça uma sólida estréia nos EUA quando estrear hoje, ganhando entre US $ 20 milhões e US $ 30 milhões. Mas ainda é um pequeno golpe, dado que outros filmes recentes da divisão de live-action da Disney, como a Maléfica de 2014 e a Cinderela de 2015, arrecadaram somas na China (US $ 48 milhões e US $ 72 milhões, respectivamente).
A Disney colocou Christopher Robin em desenvolvimento em 2015, muito antes de Winnie the Pooh se tornar um pára-raios para a controvérsia na China. E as filmagens começaram no filme dirigido por Marc Forster no verão de 2017 no Reino Unido, exatamente na mesma época em que a repressão chinesa ao Winnie the Pooh começou.
O único outro filme da Disney deste ano a receber um não da China foi A Wrinkle in Time (Uma Dobra no Tempo). A Disney estreia o Homem-Formiga e a Vespa na China em 24 de agosto.
