Quando fã de filme “cult” vê a Elle Faning no cartaz, a gente vai correndo assistir. Essa foi a minha sensação, quando sentei pra ver esse longa.
Primeiro, aquela introdução: Espírito Jovem é o mais novo filme do ator, roteirista e diretor Max Minghella (googla ele, é aquele cara do Handmaid’s Tale!) Aqui ele dirige e roteiriza o filme, que conta a história da ascensão de uma garota do interior (Elle Faning) em busca de sua carreira como cantora, sendo ajudada por um bêbado de bar que na verdade é um ex cantor de ópera consagrado (Zlatco Buric), para conseguir isso, ela se inscreve num concurso de canto no estilo Ídolos, American Idol… chamado Teen Spirit (Espírito Jovem).
Vou ser sincera, fui com expectativa de algo diferente e saí com a certeza de que vi mais do mesmo, só que muito bem filmado.
A história da garota tentando ganhar sucesso é recorrente em filmes de Hollywood, então a gente espera alguma reviravolta no meio que mude o rumo das coisas e apresente fatos que acrescentem à narrativa. A reviravolta acontece por 3 minutos, e daí pra frente TODA a história é previsível e clichê.
Culpo aqui exclusivamente o roteiro, o que é engraçado, pois a direção é belíssima e a mesma pessoa fez as duas coisas. Tanto a fotografia como a iluminação do filme são muito bonitas. Com paleta mais voltada pra tons escuros e avermelhados o filme mostra os vultos dos personagens, destacando com uma luz um pouco maior na protagonista.
Essa iluminação junto aos movimentos de câmera tornam o visual muito agradável, mesmo depois da metade do filme, onde entra o neon característico desses programas de competição.
Mas a história… é fútil. E começou tão bem… O primeiro ato é fofo… é interessante. Nada de novo, mas apresentado de forma não clichê. Aí deram uma panelada na cabeça do Max e outra pessoa escreveu, só pode.
Rage expressada, elogios ditos… Espírito Jovem é um filme que podia ter ido direto pra Netflix e todo mundo ia assistir. É o típico filme teen que a gente assiste quando quer relaxar e ficar de boa.
Não vai passar em muitas salas de cinema e tem aparência cult, pela escalação da protagonista. Quem acompanha a carreira dela, vai ficar desapontado (como eu fiquei, gente, já viram Neon Demon? Assistam), mas quem só quer ver um filme morninho de sessão da tarde muito bem filmado e fotografado, vai curtir.
Antes de encerrar, deixa eu destacar a trilha sonora! Ela se encaixa bem com os momentos do filme e é repleta de artistas com sons muito independentes e fora do comercial padrão. E a Elle Faning está cantando todas as músicas.Tem tanto elemento bom, pra um final clichê preguiçoso, a trilha é tão diferenciada que até dá dó de ver pra onde a história está seguindo. Ou será que eu não entendi e tem uma mensagem por trás? De que a vida é mediana e fútil, mesmo quando se tem os elementos certos nas mãos? 😉
Espírito Jovem estreia dia 20 de junho nos cinemas nacionais!