Dirigido por Damien Chazelle, diretor do elogiado Whiplash, La La Land traz um estilo quase datado e um romance que tem tudo para ser mais do mesmo. Na primeira sequência já é possível perceber a que veio La La Land. A primeira cena acontece em uma rodovia em direção a Los Angeles. Centenas de carros travados em um dos engarrafamentos tão comuns à cidade.
Aos poucos, jovens começam a deixar os veículos e cantar. São os aspirantes a artistas que peregrinam do mundo todo em direção ao sonho de uma carreira na Meca do cinema – metáfora que voltará mais tarde. Com toda a energia dos atores, harmonia e graça já da para perceber que Chazelle não será um diretor de apenas um filme de sucesso. Aos poucos mais jovens saem de seus carros para cantar, um furgão abre as portas e revela uma banda tocando na mesma sintonia e tudo vira uma grande festa. Impossível não ressaltar que o diretor passeia por toda essa cena dentre os carros sem fazer se quer um corte perceptível.
Após todos voltarem a seus carros, somos apresentados a dois sonhadores românticos que também compunham essa grande massa de aspirantes que luta por um lugar ao sol. É então que entra em cena Emma Stone na pele de Mia, a atendente de uma cafeteria localizada no perímetro de um grande estúdio, aspirante a atriz que, apesar do talento, não tem obtido sucesso em suas audições. De forma desajeitada e divertida acontece seu primeiro “encontro” com Ryan Goslin na pele de Sebastian, um irascível e purista pianista de jazz e malsucedido que sonha em perpetuar seu estilo musical favorito em decadência. Após um comum estresse de trânsito entre os dois desconhecidos, o filme segue em ritmo mais lento, sem tantas cenas cantadas, mas com o mesmo charme de um musical bem produzido.


Curti muito o filme, bem realizado, talvez um pouco lento. Gostei da sua percepção do romance, concordo em parte. Abração!
Que bom que gostou. Compartilhe suas opiniões, o que pensou de diferente?
Acho que o importante é que ficaram juntos, tem amores que não são para durar, é bom que seja assim. Na hora ninguém sabe, mas depois a gente olha (cena final) e se dá conta de como foi legal.
O olhar de ambos e o sentimento explicitado em suas faces me pareceu conter algum sofrimento e a própria sequência em que os mostra juntos novamente me passa a ideia de arrependimento. A você não?
Opa, bacana. Vamos a ela.