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Resenha| Garotas em Chamas

Em Chapel Croft, você não precisa brincar com fogo para se queimar.

Mylla Martins de Lima
Mylla Martins de Lima
Estudante de Design de Animação, tatuadora, admiradora de todas as artes. Jogadora de LoL e leitora assídua.
4 Min Ler
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C. J. Tudor entrega um de seus melhores trabalhos no início desse ano, publicado pela editora Intrínseca, assim como seus últimos. Um thriller envolvente e cheio de reviravoltas tensas.

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GAROTAS EM CHAMAS – C. J. TUDOR | RESENHA - Coisas De Mineira

Em Garotas em Chamas, uma vigária se muda com sua filha adolescente para uma pequena cidade interiorana, que leva suas tradições muito a sério. Um dos costumes, em particular, beira a bizarrice, é o caso da queima das bonecas de graveto, que são jogadas na fogueira afim de homenagear os mártires de séculos atrás, acusados de praticarem bruxaria.

Chapel Croft guarda mistérios muito além dos heróis incinerados vivos. Trinta anos atrás, duas meninas desapareceram sem qualquer vestígio, enquanto isso, há pouco tempo, o pároco responsável se enforca sem qualquer motivo aparente.

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A verdade pode mudar a vida de todos os moradores da cidade, mas Jack não parece se importar com isso. Recebida com um kit velho de exorcismo, a mulher não se deixa intimidar e vai atrás de repostas e de justiça perante a lei dos homens.

”’ Se você vir as garotas em chamas, é porque uma coisa ruim te aguarda”

Na seguinte obra, a autora de O homem de giz e As outras pessoas cumpre com o que é prometido com excelência. Cada página nos leva à novos personagens e novas surpresas. O passado e o presente são intercalados durante a história. Conforme o quebra-cabeça vai sendo construído, uma parte da vida das garotas desaparecidas vai sendo revelada e novas interrogações surgem.

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Por aqui, quanto mais fundo se cava, mais perto do inferno. O que era para ser um novo começo para Jack e sua filha Flo, que saíram de sua cidade natal em busca do anonimato por problemas pessoais, vira um infeliz beco sem saída, onde são empurradas contra a parede, vivendo em um misto de real e sobrenatural. Aliás, será que tudo isso está mesmo acontecendo?

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Todos são suspeitos, Chapel Croft é a cidade dos segredos. A história é contada em primeira pessoa, o que facilita a influência da personagem principal em cima do leitor. A humanização das criações de C. J. também é de se impressionar já que, em diferentes situações, Jack se questiona sobre sua fé e seu papel como mãe.

A história é para lá de bem escrita, sem qualquer fio solto entre os moradores e as situações exploradas. O final é muito mais pé no chão que fantasioso, mas não tem nada de errado nisso. Muito pelo contrário, é uma grande surpresa.

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Garotas em Chamas não é uma leitura rápida, as cenas precisam ser digeridas junto a onda de mistérios. É ação do começo ao fim e, quanto mais cedo tentamos encontrar respostas, mais confusos ficamos. Leia e surpreenda-se.

Garotas em Chamas é uma ótima entrada para o incrível mundo de C. J. Tudor.

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Estudante de Design de Animação, tatuadora, admiradora de todas as artes. Jogadora de LoL e leitora assídua.