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Resenha | Pílulas Azuis

Uma história cercada de incertezas, mas, acima de tudo, muito amor.

Mylla Martins de Lima
Mylla Martins de Lima
Estudante de Design de Animação, tatuadora, admiradora de todas as artes. Jogadora de LoL e leitora assídua.
3 Min Ler
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Pílulas Azuis, a autobiografia de Frederik Peeters, escrita e ilustrada pelo mesmo, teve sua publicação em Junho de 2015 pela editora Nemo, um dos selos do grupo Autêntica.

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Não é nenhuma novidade os assuntos delicados trazidos pela editora Nemo, sempre dentro de conceitos para refletir e emocionar. Essa história terá um espaço especial no coração de quem ama um drama, mas sem exageros, e finais felizes. Trata-se de um romance entre uma personagem soropositiva e seu companheiro que não compartilha do mesmo problema.

O amor entre Cati e Peeters ultrapassa a barreira que, para muitos, poderia ser julgada como insuperável. Frederik tem certeza de que a moça é o amor de sua vida desde a primeira vez que a viu em uma reunião de amigos. A revelação sobre ela conter o vírus da Aids chocou, mas seus sentimentos falaram mais alto.

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Resenha | Pílulas Azuis 1

Nem mesmo as dúvidas sobre a complexa vida amorosa o fez desistir. Rodeado por situações desgastantes, viajando entre os riscos de contágio e tabus munidos de desinformação, o casal procura ajuda médica, e é assim que as informações são entregues ao público. De maneira bem-humorada, o livro deixa lições valiosas de tratamento, além de dar uma aula de educação sexual.

Os impasses entre o seu estado racional e o emocional são o diferencial da narrativa. Metáforas com rinocerontes e mamutes junto aos monólogos filosóficos com direito a citações de grandes artistas dão o ar de maior sensibilidade à história. Um diário sincero e maduro é a melhor das definições dessa HQ.

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O traço cartunesco do autor é bastante característico. As ilustrações e textos são incríveis e passam uma mensagem de simplicidade.

A versão brasileira foi presenteada com 10 páginas a mais de 13 anos depois do lançamento original. Além disso, o destaque vai para o capricho na capa interna, que possui cenas lindas de Frederik em família.

Em 2011, ano do lançamento original, Pílulas Azuis ganhou o Rodolphe Töpfer, em Genebra, Suíça, país do autor. Em 2002, foi a vez de receber o Polish Jury Prize, no Festival de Angoulême, na França.

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Um livro resumido em sinceridade. Seu criador abre o coração para o mundo sem medo do preconceito.

Pílulas Azuis é o tipo de literatura que deveria ser acessível a qualquer pessoa, por ser um misto de educação e lazer.

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Estudante de Design de Animação, tatuadora, admiradora de todas as artes. Jogadora de LoL e leitora assídua.