A DedSec não está morta
O terceiro jogo da franquia Watch Dogs não tem uma ligação direta com os anteriores, entretanto a DedSec continua ativa e desafiando o governo em prol da população. Desta vez não temos um protagonista como Aiden Pearce ou Marcus Holloway.
O game se passa na região metropolitana de Londres, em um futuro não muito distante onde drones tomam os céus realizando diversos tipo de tarefas e a automatização das empresas está em um nível preocupante para os humanos.
A Resistência
Logo no começo de Watch Dogs Legion vemos que a DedSec tenta impedir um atentado à bomba no parlamento britânico, porém eles são encurralados pelos policiais e acabam levando a culpa pelo atentado, fazendo com todos os membros e associados sejam presos ou tenham que fugir de Londres.
Após um tempo, uma organização autoritarista, chamada Albion, toma conta de Londres para evitar que outros cyber-crimes ocorram e criando uma patrulha ostensiva por toda cidade, muitas vezes abusando do poder ou incriminando quem está contra eles.
É com esse cenário que o jogo começa, você precisa encontrar novos membros, pessoas com habilidades úteis à DedSec e que gostariam de se juntar à causa para resistir ao fascismo implantado pela Albion, realizar as atividades para tornar os distritos revoltosos e retomar o controle ao povo.
A Legião
Dentro do jogo, qualquer pessoa andando na rua pode ser um aliado em potencial, basta o jogador checar os status do NPC, entrar em contato com ele e realizar a missão para que ele fique inclinado à causa da DedSec.
Essa é a maneira de formar a Legião que irá retomar Londres, para isso será necessário recrutar diferentes pessoas com habilidades variadas para conseguir um time mais eficiente e melhor equipado para o que virá pela frente.
Advogados ajudam os personagens ficarem menos tempo na cadeia; Médicos e enfermeiros recuperam ferimentos rapidamente e facilitam a entrada em instalações médicas; Idosos estão acima de qualquer suspeita, porém se movem mais lentamente; Membros da Albion podem ser recrutados para invadir QGs mais facilmente. Cada tipo de NPC poderá contribuir de alguma forma, basta você pensar bem antes de cada missão.
Os inimigos
O primeiro inimigo que encontramos é Zero Day, um poderoso hacker que deseja criar caos e destruição em Londres, ele aparece como um holograma sem face e ameaça o governo e os cidadãos indiscriminadamente.
Albion é uma organização paramilitar e altamente tecnológica, comandada pelo CEO Nigel Cass, que assumiu o controle das ruas da capital após os ataques começarem, eles impõem um regime autoritário com a população e age de maneira agressiva quando alguém está contra eles.
Existe também o crime organizado que age por debaixo dos panos, que é liderada por Mary Kelley, também chamada de Bloody Mary, eles atuam desde tráfico de drogas, de tecnologia e até órgãos. Os membros dessa facção são agressivos e territorialistas, além de criminosos bem armados.
Por último e não menos importante, temos Skye Larsen, uma neurocientista que comanda a maior empresa de tecnologia da Inglaterra, a Broca Tech. Toda a história dela e as missões realizadas parecem ser tiradas de um episódio de Black Mirror de tão surreais e verossímeis que são.
Jogabilidade – 8,0
A jogabilidade do jogo é um pouco complicada, pois a todo momento tem algum dispositivo eletrônico a um clique de ser hackeado ou uma pessoa a ser perfilada. Isso faz com que em alguns momentos de ação o jogador tenha dificuldade de realizar a interação certa.
Dirigir no jogo não é tão simples quanto parece, mas depois que você pega o jeito até se torna fácil. Hackear outros veículos e sistemas de segurança ajudam bastante em fugas e manobras arrojadas.
O combate também não é difícil no um contra um, ao se tornar uma briga com mais inimigos, isso pode ser fatal. Por isso é importante saber qual personagem usar para cada missão e momento do jogo.
Existem personagens stealth, personagens lutadores, personagens atiradores e personagens hackers, saber utilizar cada um deles é vital para ter uma melhor jogabilidade, e deixa o jogo ainda mais divertido.
Gráficos – 9,0
O visual do jogo está incrível, a cidade de Londres, os veículos e drones têm características muito reais. É possível imaginar a capital da Inglaterra com a imagem que é passada dentro do game, com prédios históricos e monumentos antigos lado a lado com construções hightech e hologramas.
A quantidade de faces criadas para os inúmeros personagens que podem ser recrutados é assustadora, a Ubisoft prometeu que seriam mais de 9 milhões de NPCs possíveis.
Prós e Contras
Vamos falar dos pontos altos e baixos de Watch Dogs: Legion
Dos pontos positivos podemos destacar a quantidade de variações de personagens e missões secundárias para recrutá-los, além da maneira de expandir sua legião e poder controlar diversos tipos de drones.
Já um dos pontos negativos é um velho conhecido da Ubisoft, os bugs. Durante a gameplay experimentei alguns bugs em batalhas, em veículos e em NPCs que não obedeciam à AI deles. Não houve nenhum bug de gráfico.
Vale pontuar também que a quantidade de dispositivos que podemos acessar atrapalha em momentos de ação, por não ser tão preciso ou simples de hacker algo no meio da infinidade de câmeras, portas, drones e pessoas.
Conclusão
Watch Dogs: Legion é um jogo muito divertido e bastante interessante, após o impacto inicial de aprender os controles e a dirigir, o jogo se torna um sandbox onde você pode jogar com qualquer personagem que quiser e fazer uma infinidade de missões secundárias para fortalecer sua equipe, liberar os distritos antes de seguir nas missões principais.
A dificuldade do jogo aumenta enquanto você avança no jogo, então é sempre bom estar preparado para o que a próxima missão irá necessitar.